"Meu primeiro dia na faculdade"
Quando terminei o ensino médio, confesso que estava meio perdido. Não fazia ideia do que viria depois, mas então meus pais disseram com convicção: "Vamos à faculdade."
Cara, eu fiquei tipo: "Ok, vamos né?" Até aquele momento, para ser honesto, eu sabia bem pouco sobre o ensino superior — e, sendo sincero, ainda hoje não entendo tanto assim.
Lembro de estar me arrumando para ir à instituição, aquele lugar que eu nunca tinha visitado antes. Eu estava ansioso, meio perdido, mas no fundo, algo em mim esperava encontrar algo incrível.
E eu realmente encontrei... mas não exatamente como tinha imaginado.
Ao chegar, fui recebido por uma mulher na recepção (ou seria coordenadora? Nunca soube ao certo). Ela conversou comigo com um sorriso constante, daqueles que conseguem transmitir um pouco de tranquilidade mesmo quando você está apreensivo. Como era óbvio que eu estava com meus 18 anos, provavelmente sem muita emoção aparente, ela fez questão de me guiar e esclarecer dúvidas. Admito, foi alguém que realmente me ajudou a tomar minha decisão.
A faculdade tinha várias áreas de estudo, e acabei optando por uma delas. O motivo? Bom, isso ainda é segredo (hahaha).
Então veio o tão esperado primeiro dia de aula. Eu estava emocionado, cheio de expectativas e conhecendo novas pessoas. Na minha cabeça, eu imaginava como seria incrível essa nova fase. Minha primeira professora contribuiu para isso com suas doces palavras, aquelas que nos inspiram logo de início.
Mas, com o tempo, percebi que a imagem que eu tinha da faculdade começou a mudar. Aquele lugar, que parecia tão encantador no começo, foi ganhando nuances diferentes. Não era exatamente como me ensinaram que seria. O encanto foi se desfazendo aos poucos.
Minha grade de matérias era até que simples, afinal, era o primeiro período, e nossa turma era realmente grande. No início, fiz amizade com pessoas bem diferentes de mim: um senhor de quase 60 anos, que era simplesmente incrível, e um colega da minha idade, que se tornou um amigo próximo. Essas foram as pessoas que mais estiveram ao meu lado naquele começo. Mesmo assim, desde o primeiro dia, tentei cumprimentar todos da turma. Foi uma experiência incrível perceber que, ali, eu era um universitário e que aquilo era apenas o início de uma nova jornada.
Quando entrei na faculdade, tinha expectativas muito altas, mas confesso que o que eu realmente esperava alcançar, pouco alcancei. Em contrapartida, o que eu não esperava — e sequer sabia que existia — acabou sendo ainda mais valioso. Conheci muita coisa nova, inclusive pessoas maravilhosas, que fizeram daquele início algo especial.
Eu tive a sorte de encontrar uma turma muito boa, o que me trouxe um grande alívio. Inclusive, reencontrei colegas do ensino médio, o que me fez perceber que o mundo é mesmo pequeno. Curiosamente, também me aproximei de pessoas que, à primeira vista, pareciam querer manter distância. Foi um aprendizado perceber como primeiras impressões podem ser enganosas.
Para ser honesto, naquele começo, eu também queria ficar mais no meu canto. Mas as pessoas, as conversas e toda a novidade daquele ambiente me emocionavam de uma forma única. Foi um período intenso, em que presenciei de tudo: coisas boas, ruins, momentos de alegria e de frustração. Ainda assim, o que mais marcou foram as interações genuínas e sinceras, que nos animavam, mesmo quando era difícil aceitar certas realidades.
Sinto saudades do meu primeiro período na faculdade. Quem dera aquelas histórias pudessem voltar a ser reais. Foram momentos que me marcaram, momentos em que eu fui verdadeiramente feliz. Agora você jovem escritor. Quais foram as técnicas aplicadas que você identificou neste relato?
O que você consegue extrair deste texto? O que ele pode te inspirar a desenvolver? Saiba que, a todo momento, há oportunidades esperando para serem percebidas. Muitas vezes, só não as enxergamos. Desde o instante em que acordamos até quando voltamos a dormir, existem momentos de aprendizado e criação. Até mesmo os seus sonhos podem ser sugestões e incentivos para o seu dia.
A cada momento, pense: ao escovar os dentes, ao dar um passeio pela rua ou na caminhada até o trabalho, você já tem algo especial. Talvez o que nos falte seja apenas perceber que muitas vezes já temos o que buscamos. Mas, afinal, o que realmente queremos?
