A influência no comportamento humano, sendo o poder de modificar, moldar ou direcionar as ações, pensamentos, sentimentos ou decisões de uma pessoa, geralmente através de interações sociais, comunicação ou exposição a estímulos externos, desempenha um papel central em diversas áreas do conhecimento e da prática.
Por exemplo, no marketing, a criação de campanhas publicitárias eficazes utiliza princípios de influência para persuadir consumidores a adotar certos comportamentos de compra. Já na educação, professores utilizam estratégias comunicativas para motivar alunos e moldar atitudes positivas em relação ao aprendizado.
Essa influência, que pode ser exercida de forma consciente ou inconsciente, direta ou indireta, conecta-se profundamente aos processos psicológicos e sociais.
Em contextos sociais, como debates ou movimentos coletivos, vemos como narrativas bem estruturadas podem mobilizar multidões em torno de uma causa. Por isso, compreender essa dinâmica é fundamental para profissionais que desejam liderar, persuadir ou criar mudanças significativas no comportamento humano.
Agora serão destacados alguns pontos relativos a Influência
Antes de começarmos, convido você a refletir: "O que você busca obter através da influência? É algo bom, útil ou simplesmente conveniente?"
Pessoas como Fonte de Influência
As pessoas são, sem dúvida, a fonte de influência mais direta em nossas vidas. Desde pequenos, buscamos orientação em figuras de confiança. Quando sentimos medo, procuramos por alguém que nos traga segurança. Quando estamos confusos, buscamos alguém que nos inspire clareza. Isso é natural, não é? Afinal, ninguém nasce sabendo tudo.
Um exemplo clássico dessa influência ocorre nas relações entre pais e filhos. Pense em pais conservadores. Em alguns casos, seus filhos ignoram seus conselhos, especialmente quando sentem que as regras são rígidas demais
Por outro lado, pais mais liberais, que oferecem maior liberdade, às vezes veem seus filhos adotarem hábitos conservadores. Curioso, não é? Mas como isso se relaciona à influência?
Albert Bandura, em sua Teoria da Aprendizagem Social, nos ajuda a entender melhor esse fenômeno. Ele explica:
"A maioria dos comportamentos humanos é aprendida por observação por meio de modelagem: da observação de outros, formamos uma ideia de como novos comportamentos são realizados" (Social Learning Theory, 1977).
No caso dos filhos, aprendemos observando nossos pais. Absorvemos não apenas regras e comportamentos, mas também atitudes e crenças. E, no entanto, somos indivíduos únicos. Eu não sou exatamente como meus pais, mas muito do que sou foi moldado por eles. Durante o crescimento, eles foram minha referência, minha bússola.
Reflexão: Para onde seguimos?
Mas e quando essas influências já não se adequam ao nosso momento de vida? Se os comportamentos aprendidos não refletem mais quem somos, a quem recorreremos? Quais princípios seguiremos? São questões fundamentais para nossa jornada como seres autônomos.
Talvez a resposta esteja na construção consciente de nossas próprias verdades, baseada em experiências, aprendizados e, acima de tudo, escolhas. Afinal, ser influenciado é inevitável, mas a quem damos essa influência — ou o quanto dela aceitamos — depende de nós.
Você sabe realmente o que quer ou sabe algo de verdade? Já parou para considerar o que pensa por si mesmo?
Essas perguntas podem parecer simples, mas, em meio à correria do dia a dia, é comum que nossas ações e decisões se tornem automáticas. Entramos no chamado "modo automático", um estado em que repetimos comportamentos, evitamos reflexões profundas e seguimos padrões sem nos questionar. Isso é bom ou ruim? Será que o modo automático é sempre prejudicial?
Pense nisso em três contextos principais:
No dia a dia: Quando foi a última vez que você realmente prestou atenção ao que faz? Caminhar pelas mesmas ruas, responder às mesmas mensagens ou realizar tarefas cotidianas pode nos deixar insensíveis ao presente.
No trabalho criativo ou estratégico: É fácil começar um projeto cheio de entusiasmo, mas, com o tempo, as rotinas profissionais podem desgastar a energia criativa.
Na tomada de decisões: O modo automático pode nos levar a evitar escolhas importantes, simplesmente porque elas exigem esforço e confronto com o desconhecido.
"Mas, e se algo acontecesse para te fazer repensar? Talvez uma notícia sobre aquela rua que você percorre todos os dias sem notar. Ou o comportamento de um colega que, de repente, mudou de forma inesperada. Talvez você tenha percebido que está prestes a repetir o mesmo erro, seguindo o mesmo caminho. E agora? O que você vai fazer diferente dessa vez?"
Imagine alguém que começa um novo emprego. No início, tudo é novidade. A pessoa chega com energia, presta atenção nos detalhes, aprende rápido e se comunica com clareza. No entanto, com o passar do tempo, a rotina toma conta. Menos de um mês depois, aquele brilho desaparece. Um ano depois, o trabalho parece uma prisão.
É nesse momento que perguntas como "O que estou fazendo aqui?" ou "Onde eu estou?" poderiam trazer respostas transformadoras – se fossem feitas. Mas, no modo automático, muitas vezes essas reflexões nem chegam a surgir.
James Clear, autor de Hábitos Atômicos, explica:
"Os hábitos são o interesse composto da automelhora. O mesmo acontece no sentido oposto: maus hábitos podem se acumular até que você se veja em um buraco difícil de sair."
Como Daniel Kahneman observa em Rápido e Devagar:
"A maior parte do tempo, aquilo que você vê é tudo o que há."
Charles Duhigg, em O Poder do Hábito, complementa:
"Uma vez que um hábito é formado, o cérebro para de participar plenamente da tomada de decisão. Não precisamos mais trabalhar tanto."
Agora, pense em como isso acontece na prática. Quantas vezes você já viu pessoas evitarem decisões importantes, como mudar de emprego ou iniciar um projeto pessoal, por estarem presas a pequenas distrações, como redes sociais ou tarefas banais? O piloto automático pode nos manter ocupados, mas raramente nos conduz ao que realmente importa.
Então, como mudar isso?
Primeiro, precisamos reconhecer quando estamos no modo automático. Perguntas simples, como "Por que estou fazendo isso?" ou "Quem quero ser daqui a um ano?", podem ser o início de uma jornada mais consciente.
Jon Kabat-Zinn, um dos principais defensores da atenção plena, sugere:
"Pare por um momento e observe onde você está. Talvez pela primeira vez em muito tempo, olhe realmente ao seu redor."
Essa pausa intencional pode trazer clareza e revelar possibilidades antes invisíveis.
Agora. O que é a influência no comportamento humano?